Bengalim do Japão
Nome Cientifico: Lonchura Domestica
Origem: Ásia
Distribuição: Espécie criada em cativeiro
Família: Estrildedae
Esperança de Vida: 7 anos
Tamanho: 11 para 12 cm
Determinação do sexo: Difíceis, os machos cantam
Tipo de nidificação: Caixa para ninho
Incubação: 13 dias
Plumagem: 21 dias depois
Alimentação: Granívora
O Lonchura doméstica, nome desta pequena ave, mais conhecido em Portugal como Begalim do Japão.
O Bengalim do Japão é a ave exótica mais criada em cativeiro, por norma todos que criem exóticos tem sempre estas aves à disposição, pois são muito utilizadas como amas de outros exóticos que não criam bem directo. Foram no entanto criadores do Japão que através de selecções sucessivas que desenvolveram e fixaram esta raça, totalmente “criada” em cativeiro e resulta do cruzamento de diversas espécies do género Lonchura. Assim, a espécie do Bengalim do Japão é uma espécie de origem totalmente doméstica. O bengalim do Japão ou Manon (no Brasil) deriva de designação francesa, Moineau du Japon (Pardal do Japão), mas há quem o conheça também por Capuchino do Japão e na Inglaterra o seu nome é Bengalese Finch. São por isso óptimas aves de estimação que podem estar em bando numa voadeira ou em gaiolas de criação. Sem ele muitas espécies de exóticos praticamente não existiriam em cativeiro por uma razão muito especial: criam as suas crias, as de outras colocadas no sue ninho sem o menor preconceito ou rejeição. O Bengalim é a ama de excelência dos criadores de exóticos e maioritariamente responsável pelo seu sucesso.
Temperamento:
Calmos e sociáveis, são escolhas de excelência para uma voadeira comunitária.
Não devem partilhar o alojamento com aves conflituosas e gostam de viver em grupo em vez de estarem em pares ou sozinhos. (aconselho o “isolamento por casal” para procriação)
O Bengalim é assim de tudo, um progenitor perfeito, o seu instinto é tão apurado, que fazem dele a ama de excelência.
A maioria das aves exóticas necessita de amas para a reprodução, isto é, para chocarem os ovos de outros exóticos que não criam tão bem estando em gaiolas e deve-se a essencialmente a dois motivos:
A maioria desses exóticos são maus progenitores devido ao "exílio" em cativeiro, ou porque abandonam os ovos em caso de inspecção do ninho.
A conjugação destas duas características fazem do Bengalim do Japão uma ama de excelência, sendo escolhidos para "adoptarem" os ovos e/ou crias de outros exóticos compatíveis. A sua resistência (Bengalim) é enorme, ao ponto de criar durante um ano inteiro.
Por regra devemos acasalar os Bengalins em gaiolas separadas por 1 casal ou então Trio, que é duas fêmeas com um macho. Utilizar esta regra, serve essencialmente para permitir efectuar cruzamentos seguros, de forma a obter os melhores resultados possíveis
O ninho é construído numa caixa de madeira fechada ou semiaberta, utilizando para a execução da construção do mesmo diversos materiais, como feno e fibra de coco.
A fêmea põe entre cinco a sete ovos, que são chocados alternadamente por ambos os progenitores.
O período de incubação varias entre os 13 e 18 dias.
As crias abandonam o ninho após cerca de 21 dias.
Às seis semanas de crescimento as crias devem ser separadas dos pais, momento aproximado em que a femêa inicia nova postura.
Os juvenis tem tendência a frequentar o ninho, e com a sua presença arriscamos a criações de novos descendentes.
Deduzindo que o INO nos bengalins seja ligado ao sexo, acaba por se confirmar que no cruzamento referido
Albino X Normal, dá:
- Machos 100% Normal/Albino;
- Fêmeas 100% Albinas;
Normal X Albina, dá:
- Machos 100% Normal/Albino;
- Fêmeas 100% Normal;
O problema do Albino nos Bengalins é ser um factor "ino", e não uma mutação Albino.
Daí o Cremino, o Cinza-ino, etc. O método de acção genética deste factor não é sempre igual e vai ser influenciado pela linha base, daí que o resultado possa variar em aspecto (branco, creme, cinza, vermelho...) ao contrário de um Albino que levaria sempre a uma ausência total de pigmento.
Primeiro problema, muitas vezes existem é os Brancos-ino (a que chamam Albinos).
Segundo problema, nos bengalins, um branco é muitas vezes (quase sempre) um branco malhado. Pior ainda, muitas vezes esse branco é um branco recessivo + malhado recessivo + malhado dominante. Que pode também ter o tal factor factor ino.
Por isso é que a genética dos Bengalins dá muitas dores de cabeça. É tão simples como as outras, mas as linhas puras são raras. E sem isso, o trabalho de perceber o genótipo da ave é, no mínimo, um desafio. Muitas vezes o criador sabe tirar aves de certo tipo, mas apenas dentro daqueles casais e linhas. Existem dúvidas sobre um Albino verdadeiro (mutação única).
Na prática o factor ino é recessivo ligado ao sexo, mas muito provavelmente via estar misturado com o branco, pois os Albinos puros são, por regra, aves fracas em termos de plumagem (frágil, rarefeita, pouco intensa), factor que é corrigido por introdução do branco dominante nas linhas (mantém a cor, mas com melhor plumagem).
Resumo rápido das colorações de bengalins:
- Negro: Castanho / Cinzento;
- Moka / Diluído;
- Ino;
- Malhado: Dominante (muito) / Recessivo (pouco);