Origem: Austrália Tamanho: 9-10cm (standard 13-14cm) Cor: Cor selvagem cinzento. Macho com flancos castanhos com pontos brancos e manchas laranja na cara. Fêmea sem as marcações do macho. Postura: 4 a 10 ovos brancos em qualquer tipo de ninho durante todo o ano. Incubação: 12-13 dias Saída do ninho: 15-20 dias, 1ª muda com um mês de idade. Reprodução: Muito fácil. Anilhas: 2,50mm ou maiores até 2,80mm, dependendo do porte das aves, colocadas entre o 8-10 dias. Comportamento: Sociável mas pode intimidar aves mais pequenas. têm tendência a monopolizar os ninhos existentes no viveiro. |
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Caracteristicas:
Qualquer criador, principiante ou experiente, conhecerá esta ave.
Esta espécie é das mais comuns em todos os viveiros pois são aves muito fáceis de manter. Originárias da Austrália, comoa grande maioria dos diamantes, todas as aves comercializadas hoje em dia são criadas em cativeiro, existindo diversas mutações além da cor cinzenta original.
São aves originalmente pequenas, com cerca de 9cm, embora hoje existem linhas de exposição bastante maiores. Sem dúvida uma das espécies mais populares e divulgadas de entre os exóticos domésticos criada em cativeiro há dezenas de anos, da qual existem hoje diversas mutações estabelecidas. Seja pela sua cor, comportamento ou facilidade de reprodução, por estas pequenas aves passaram certamente muitos dos actuais peritos em matéria de exóticos. A cor natural é o cinzento, machos e fêmeas são bastante diferentes pois o macho apresenta duas manchas laranja nas faces, bem como flancos coloridos de um castanho intenso ponteado de pontos brancos. A fêmea é cinzenta com uma pequena listra negra na zona do olho, vulgarmente chamada de lágrima. Embora estas sejam as características base, as diversas mutações originaram aves em cores variadas desde o castanho e bege ao branco, passando por várias combinações de cores para peito e face.
Diga-se contudo que existem variedades em que o dimorfismo não é evidente como no caso dos mandarins brancos e face castanha por exemplo. De um modo geral isto não é problema pois estas variedades não são comuns no mercado. Mesmo assim o que nunca falha em qualquer mutação de mandarim é a cor do bico, vermelho escuro nos machos e laranja nas fêmeas.
Pode-se referir a semelhança com um outro mandarim, o mandarim de Timor, muito semelhante embora mais pequeno (cerca de 7cm) e que poderá ser distinguido pela forma da barra preta no peito dos machos em forma de V. Esta raça é, no entanto, bastante rara em termos nacionais e mesmo mundiais estando ainda pouco divulgada, pois também é mais difícil de reproduzir e manter em cativeiro.
uito activos e sociáveis estes pássaros podem ser mantidos sem inconvenientes em conjunto com outras espécies mesmo mais pequenas, pelo que são uma das melhores escolhas para principiantes. Podem ser mantidos no exterior durante todo o ano sem problemas. Temos apenas de ter atenção ao facto de que criam muito e isso implica dispormos de espaço para separar as crias, além disso, podem incomodar aves pequenas como os estrildídeos e intimidá-los, embora raramente sejam agressivos.
A manutenção destas aves está hoje em dia muito facilitada pelo longo tempo de criação em cativeiro, o que as torna pouco exigentes. Deve-se no entanto ter em conta que as aves de exposição desta espécie pouco têm a ver com as atrás descritas, atingindo tamanhos de 12-13cm e, portanto, com necessidades distintas em termos de manutenção. Os mandarins são aves que se dão bem em gaiolas pequenas de cerca de 40cm reproduzindo-se com facilidade nestas condições. A alimentação consiste numa mistura de exóticos embora, pessoalmente, como para os outros diamantes, eu prefira uma mistura com maior quantidade de alpista e sementes de maiores dimensões. Na minha opinião considero preferível, numa situação em que seja usada uma única mistura, que seja a mistura de periquito e não a de exóticos, mais apropriada para estrildídeos. São aves sociáveis com outras espécies embora possam ter tendência a monopolizar os ninhos em situações mistas. Devem ser mantidos em grupos ou casais e não sozinhos, caso não seja possível um casal pelo menos haverão ter outras aves. Como acontece com a maioria das aves dão-se bem num viveiro amplo mas podem ser mantidos em gaiolas o que, aliás, é o método mais usado por criadores por facilitar a selecção e tratamento. A reprodução é extremamente fácil, basta um casal, uma gaiola, comida e água um ninho e, basicamente, é tudo. Devemos, no entanto, fornecer algumas outras coisas para que as aves criem e tenham saúde, como concha de choco e papa de ovo. Nestas condições um casal pode produzir crias sem grandes problemas, embora haja sempre excepções em casos pontuais. Eu crio todos os meus mandarins em gaiolas de 40cm com os casais separados uns dos outros. Cada gaiola tem um bebedouro, dois comedouros com sementes e um comedouro de papa. O ninho é de madeira colocado por fora da gaiola através de uma pequena porta de mola. O macho costuma fazer o ninho mas aceita que o façamos por ele, embora, nestes casos, devamos sempre deixar que sejam as aves a acabar os últimos detalhes fornecendo algumas ervas secas e fibras, o que evita que arranquem as penas para usar no ninho. A postura normal é de 4-8 ovos, podendo atingir os 10 em casos pontuais. A incubação dura cerca de 13 dias após os quais as crias nascem cobertas por uma penugem branca algo escassa. Nesta altura os pais deverão ter à sua disposição para de ovo que é mais facilmente digerida pelas crias. Pessoalmente não controlo a quantidade de papa que as aves consomem, pelo que encho os comedouros sempre que necessário, todavia, não o faço quando se aproxima a noite para que os pais alimentem as crias com sementes. Isto é mais importante no Inverno em que as noites são mais longas e caso as crias fossem alimentadas com papas rapidamente digeridas acabavam por chegar ao dia seguinte depois de um período sem alimento, o que não é recomendável. Não se pense que isto é um pormenor sério, trata-se talvez de um preciosismo mas com o qual me dou bem e me parece ter alguma lógica.
A papa de ovo que usamos não é muito importante desde que seja de qualidade, podemos optar pela Cede para Goulds ou então a de exóticos, o que interessa é que tenha um valor proteico real de cerca de 19% (equivale a cerca de 25% de proteína bruta) quando alimentam as crias, o que conseguimos com um pouco de farinha de soja.
As crias devem ser anilhadas com anilhas de 2,5mm quando têm cerca de 10 dias de idade, o que pode ser feito sem grandes medos pois raramente estas aves estranham que se mexa no ninho. As crias saiem do ninho com cerca de 20 dias o que pdoe variar desde os 15 aos 25 dependendo do tipo de alimentação, experiência dos pais e tamanho da ninhada. Quando saiem são distinguidas pelo bico preto que toma a cor alaranjada passadas mais 2 e 3 semanas. Nesta altura podem ser separadas, mas caso de tenha dúvidas podemos esperar até que o bico se torne totalmente vermelho. Normalmente os pais retomam imediatamente o ninho para uma nova postura caso os deixemos. O que costumo fazer é retirar o ninho quando as crias saíram há cerca de 8 dias e espero uma semana depois de retirar as crias voltar a dar o ninho ao casal que, normalmente, realiza logo outra postura em cerca de 3 dias. Os mandarins podem criar todo o ano, seja dentro de casa ou no exterior, mas, para mais em gaiolas, devemos limitar cada casal e 3 ninhadas seguidas podendo ser substituído por outro enquanto descansa algum tempo. Costumo fazer uma rotação dos casais em reprodução após a terceira postura (ou 4ª em alguns casos) o que permite não só manter as gaiolas ocupadas como usar um maior número de casais durante a época. Com 3 posturas é normal que um casal produza 12 a 15 crias, por vezes mais o que é mais que suficiente. Com cerca de 3 meses caso o permitamos, mandarins jovens podem procriar, mas é mais recomendável que atinjam os 6 meses de idade, caso contrário poderão ser demasiado inexperientes e não criar devidamente além de ainda não estarem totalmente desenvolvidos em termos físicos. As diversas mutações existentes permitem aos iniciados um primeiro contacto com princípios básicos da selecção e genética. Mesmo que não tenham qualquer interesse de exposição das suas aves é uma boa espécie para que se adquira experiência para depois se lançar em espécies mais exigentes desta família.
Quando mantidas em gaiolas estas aves criam continuamente e necessitam portanto de condições mais controladas de nutrição e alojamento. Tenho um casal num viveiro exterior que neste momento cria todo o ano desde há 2 anos para cá quando os introduzi, nesta altura já produziram mais de 10 ninhadas consecutivas com resultados excelentes e sem provocar nenhum efeito adverso na fertilidade ou qualidade das crias.
Se usarmos gaiolas o melhor será manter os casais separados em gaiolas de pelo menos 35-40cm de frente. Claro que, se possível, 75 cm ou mais seria preferível. Um ninho de madeira ou até mesmo de canário serve perfeitamente. Para material do ninho fornecemos fibra de coco, pêlo de cabra e crina vegetal.
Esta é uma excelente espécie para quem tem pouco espaço ou disponibilidade para se dedicar a outras mais exigentes ou pretende iniciar-se na avicultura, pois a experiência e evolução que permite não têm grande concorrência noutras espécies.